Olhares de Docentes e Pesquisadores sobre Relações entre Midiatização e Política
Teachers and researchers analyze the relationship between mediatization and politics
Profesores e investigadores analizan las relaciones entre mediatización y política
DOI: https://doi.org/10.18861/ic.2019.14.2.2929
Antônio Fausto Neto https://orcid.org/0000-0002-5952-3880
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), Brasil.
Aline Weschenfelder https://orcid.org/0000-0003-4299-9046
Universidade
do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), Brasil.
NOTA EXPLICATIVA
As relações entre os processos de midiatização e o funcionamento de práticas políticas estão no centro das preocupações da investigação acadêmica em diferentes contextos geoacadêmicos, conforme poderá ser conferido nas reflexões desenvolvidas por investigadores e docentes universitários de diferentes países: Brasil (Antônio Albino Canelas Rubim, José Luiz Aidar Prado, Maria Helena Weber), Venezuela (Antônio Pasquali), Colômbia (Beatriz Quiñonez Cely), Portugal (Helder Prior) y Bolívia (Víctor Quelca). As ponderações destes pensadores seguem apresentadas no dossiê que aqui se publica na forma de entrevistas.
Os autores apontam para diversas problemáticas como as relações entre intelectuais e a mídia, ao lembrarem que não pode haver intelectuais se não houver imprensa predisposta a promover o debate público sobre as grandes questões que a democracia atravessa. Analisam as estratégias comunicacionais ao destacar a evidência das continuidades entre as práticas desenvolvidas por governos idelogicamente diferentes, em torno das formas simbólicas de ver o mundo. Também denunciam o fato de que a galáxia informacional estar sendo hoje patologicamente contaminada em grande escala, pela manipulação dos processos informacionais, deixando receptores sem referentes creditáveis. Avaliam que os estudos comunicacionais se ressentem de maior conexão com movimentos sociais e políticas de comunicação, assim como o fato de que vivermos uma “onda conservadora” não significa a população ficar mais conservadora. Refletem sobre o funcionamento dos discursos políticos ao enfatizarem que estes circulam apoiando-se em dimensões cognitivas, mas também recorrendo a ordem do sensível, ao apelar para sentimentos e emoções. Atribuem à televisão e ao determinismo do marketing fortes responsabilidades pelo fim da democracia quando ressaltam que a política se submeteu as sondagens de opinião, porque o futuro depende das opiniões. E, ainda, refletem sobre o empoderamento do eleitor o qual não depende somente dos demais fatores já descritos, mas também das dinâmicas que se organizam nas redes sociais, assim como das articulações das próprias “bolhas” onde os indivíduos estão insulados.
EXPLANATORY NOTE
The relations between mediatization processes and the functioning of political practices are at the center of the concerns of academic research in different geo-academical contexts, as can be seen in the reflections developed by researchers and university professors from different countries: Brazil (Antônio Albino Canelas Rubim, José Luiz Aidar Prado, Maria Helena Weber), Venezuela (Antonio Pasquali), Colombia (Beatriz Quiñonez Cely), Portugal (Helder Prior) and Bolivia (Víctor Quelca). The considerations of these thinkers, presented in the dossier, are published here in the form of interviews.
The authors point out several issues, such as the relationship between intellectuals and the media, by recollecting that there can be no intellectuals if there are no media predisposed to promote the public debate on the main concerns democracy undergoes. They analyze communicational strategies by highlighting the evidence of continuities between practices developed by ideologically different governments around symbolic ways of seeing the world. They also denounce the fact that the informational galaxy is today being pathologically contaminated, on a large scale, by the manipulation of the informational processes, leaving receivers without credible referents. They consider that communicational studies resent a greater connection with social movements and communication policies, like the fact that we live a “conservative wave”, does not mean that the population becomes more conservative. They reflect on the functioning of political discourses by emphasizing that they circulate relying on cognitive dimensions, but also resorting to the order of the sensitive, by appealing to feelings and emotions. They attribute to television and to marketing determinism strong responsibilities concerning the end of democracy when they point out that politics has submitted itself to the polls since the future depends on opinion. They also reflect on voter empowerment, which depends not only on other factors already described but on the dynamics organized on social networks as well as on the articulations of the “bubbles” in which the individuals are insulated.
NOTA EXPLICATIVA
Las relaciones entre los procesos de mediatización y el funcionamiento de las prácticas políticas están en el centro de las preocupaciones de la investigación académica en diferentes contextos geo-académicos, como se puede ver en las reflexiones desarrolladas por investigadores y profesores universitarios de diferentes países: Brasil (Antônio Albino Canelas Rubim, José Luiz Aidar Prado, Maria Helena Weber), Venezuela (Antônio Pasquali), Colombia (Beatriz Quiñonez Cely), Portugal (Helder Prior) y Bolívia (Víctor Quelca). Las consideraciones de estos pensadores se presentan en el dossier publicado aquí en forma de entrevistas.
Los autores señalan varios temas, como la relación entre los intelectuales y los medios de comunicación, recordando que no puede haber intelectuales si no hay prensa predispuesta a promover el debate público sobre los principales problemas que atraviesa la democracia. Analizan estrategias comunicacionales al resaltar la evidencia de continuidades entre prácticas desarrolladas por gobiernos ideológicamente diferentes en torno a formas simbólicas de ver el mundo. También denuncian el hecho de que la galaxia informativa está siendo contaminada patológicamente a gran escala al manipular procesos informativos, dejando a los receptores sin referentes creíbles. Consideran que los estudios de comunicación resienten una mayor conexión con los movimientos sociales y las políticas de comunicación, así como el hecho de que vivamos una “ola conservadora” no significa que la población se vuelva más conservadora. Reflexionan sobre el funcionamiento de los discursos políticos al enfatizar que circulan confiando en las dimensiones cognitivas, pero también recurriendo al orden de lo sensible, apelando a los sentimientos y las emociones. Atribuyen al determinismo televisivo y al marketing fuertes responsabilidades para el fin de la democracia cuando señalan que la política ha sido sometida a encuestas de opinión, porque el futuro depende de las opiniones. También reflexionan sobre el empoderamiento de los votantes, que depende no solo de los otros factores ya descritos, sino también de la dinámica que se organiza en las redes sociales, así como de las articulaciones de las “burbujas” donde los individuos están aislados.
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