A competição como ferramenta de pensamento

Uma revalidação do caráter investigativo e experimental das competições de arquitetura

Resumo

O artigo visa, em primeira instância, identificar o concurso de arquitetura como uma ferramenta que nasce espontaneamente, evolui gradativamente e, como tal, se reconhece imperfeita e em processo de aperfeiçoamento. A partir daí, a relevância do invisível dentro do ato criativo é valorizada e os termos da pesquisa do projeto e do concurso arquitetônico são mútua e efetivamente relacionados. Consequentemente, é identificado como um pródigo espaço de incentivo a investigações conceituais inovadoras e como um instrumento que permite, com maior liberdade e naturalidade, testar novas concepções projetadas com uma visão posterior constante e necessária. Na caracterização final do concurso de arquitectura, conclui-se demonstrando - pela sua ligação directa com os processos de investigação como franco elo com o passado e pela sua relação estreita com as vanguardas e a ideia de utopia valorizando o futuro -, a notabilidade que a noção de tempo adquire na disciplina.