Ecossistêmico ecológica
O caso do “Cerros Isla” de Santiago do Chile
DOI:
https://doi.org/10.18861/ania.2022.12.1.3147Palavras-chave:
urbanismo ecológico, antropocentro, Latinoamérica, ecotono, Cerros IslaResumo
No atual contexto de "crise" ambiental, o Antropoceno como modelo existencial representa o maior limite para a humanidade. Isso torna essencial repensar o propósito do projeto urbano-arquitetônico a partir de uma perspectiva ecológica, capaz de abordar as contradições entre natureza e cidade, entre o natural e o artificial.
Dada a vasta extensão geográfica e paisagística da América Latina e a profunda desigualdade ecológica que a marcou desde suas origens, o projeto contemporâneo é inerentemente interescala. Isso envolve uma arquitetura estrategicamente posicionada em pontos críticos do território, redefinindo limites, bordas e separações, transformando-se de um mero objeto em um meio integral.
Essa abordagem sugere uma interpretação tática do território e uma releitura do conceito biológico e metodológico do ecótono, visto como uma zona de transição entre unidades de paisagem estrutural e funcionalmente distintas.
O projeto proposto pela Fundação "Cerros Isla" incorpora esse conceito através de uma iniciativa de integração paisagística voltada para a recuperação de 26 "Cerros Isla" localizados na região metropolitana de Santiago, Chile. Esses morros são concebidos como o principal sistema de infraestrutura biológica, ligando as escalas extremas da paisagem urbana.
Para concretizar essa visão, uma estratégia de design é proposta, abrangendo desde a macroescala metropolitana até a microescala arquitetônica. O componente crítico é a definição de uma estrutura de borda ou "buffer", concebida como um gradiente de naturalidade entre o tecido urbano e o perímetro do morro. Essa zona de amortecimento semi-natural é projetada programaticamente tanto para servir como espaço recreativo para a comunidade quanto para delimitar as áreas de conservação.
Além disso, o planejamento ecológico do próprio morro baseia-se em uma estratégia de conexão em "mosaicos", determinada pela inclinação, o contorno baixo, as necessidades das espécies nativas e as condições hídricas do solo.
Devido ao seu potencial operacional e ecológico, ambas as estratégias podem ser extrapoladas para outros contextos, concebendo a cidade como um mosaico integrado de ecossistemas dentro de uma rede de pequenos espaços verdes interconectados, formando um sistema unificado.
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