Perguntas para ensinar: o pensamento crítico em ação
DOI:
https://doi.org/10.18861/cied.2025.16.1.3908Palavras-chave:
pergunta pedagógica, pensamento crítico, formação de professores, pedagogia críticaResumo
Este artigo é o resultado de uma pesquisa acadêmica que investiga a relação entre as práticas educacionais e o desenvolvimento do pensamento crítico. O foco está na pergunta pedagógica do docente como elemento fundamental para promover o pensamento crítico na formação de professores do ensino fundamental. A pergunta, ao despertar a curiosidade, estimula a busca e a indagação sobre o que se quer compreender. O conhecimento, o ensino e a aprendizagem começam com perguntas e a formulação de boas perguntas provoca uma transformação epistêmica nas práticas docentes. Ao associar esta ideia ao ensino baseado na pesquisa, a pergunta pode ser concebida como um dispositivo pedagógico essencial. A pesquisa teve como unidade de análise os professores em formação docente da região metropolitana de Montevidéu (Uruguai). Foi adotado um desenho de base crítica com uma amostra não probabilística e intencional de características heterogêneas dentro deste universo populacional. Os instrumentos de coleta de dados utilizados na metodologia qualitativa foram: levantamento documental, entrevistas semiestruturadas, entrevistas em profundidade e observação participante. A análise foi conduzida com base na teoria fundamentada, determinando que, na maioria dos casos, as práticas dos formadores de professores seguem uma lógica paradigmática de explicação. Essa lógica reforça a concepção do aluno como subordinado e do professor como sábio, afastando-se das características fundamentais de um paradigma crítico. A pesquisa conclui que a problematização costuma ser realizada como um exercício de ensino pouco planejado, com baixa incidência de perguntas autênticas/honestas. Observou-se, ainda, um desencontro entre os paradigmas que os formadores afirmam teoricamente adotar e as práticas de fato, especialmente no que tange às perguntas que formulam.
Downloads
Referências
Anijovich, R., & Gvirtz, S. (2009). Estrategias de enseñanza, otra mirada al quehacer en el aula. Aique Grupo Editor.
Baquero, R. (2001). La educabilidad bajo sospecha. Cuadernos de Pedagogía, 9, 71–85.
Dewey, J. (1989). Cómo pensamos. Nueva exposición de la relación entre pensamiento reflexivo y proceso educativo. Paidós.
Elder, L., & Paul, R. (2006). The Art of Asking Essential Questions. Based en Critical Thinking Concepts and Socratic Principles. www.criticalthinking.org
Elías, N. (1994). Conocimiento y Poder. Ediciones de la Piqueta.
Fisher, A. (2001). Critical thinking: an introduction. Cambridge University Press.
Fisher, A. (2021). What Critical Thinkig is? En A. Blair (Ed.), Studies in Critical Thinking (2.nd ed.). Windsor Studies in Argumentation.
Freire, P., & Faúndez, A. (2010). Por una pedagogía de la pregunta: crítica a una educación basada en respuestas a preguntas inexistentes. Siglo XXI Editores.
Guelman, A., & Palumbo, M. M. (2019). La construcción de pedagogías descolonizadoras: notas desde la praxis del trabajo en organizaciones sociales. Revista Colombiana de Educación, 1(76), 33–49.
Larrivee, B. (2008). Development of a tool to assess teachers’ level of reflective practice. Reflective Practice, 9(3), 341–360. https://doi.org/10.1080/14623940802207451
Lipman, M. (1998). Pensamiento complejo y educación. Ediciones de La Torre.
Lipman, M., Sharp, A. M., & Oscanyan, F. S. (1992). La filosofía en el aula Ediciones de la Torre.
Masschelein, J., & Simons, M. (2014). Defensa de la Escuela. Una cuestión pública. Miño y Dávila.
Morin, E. (1999). La Tête bien faite. Repenser la réforme, réformer la pensée. SEUIL.
Rancière, J. (2003). El maestro ignorante: cinco lecciones sobre la emancipación intelectual. Editorial Laertes.
Southwell, M. (2020). Posiciones docentes: interpelaciones sobre la escuela y lo justo. Biblioteca Devenir Docente.
Vasilachis de Gialdino, I. (2006). Estrategias de investigación cualitativa. Gedisa Editorial.
Walsh, C. (2017). Pedagogías Decoloniales. Convergencias y divergencias: Prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir. Ediciones Abya-Yala.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.