O estereótipo antijudaico no ensino médio
DOI:
https://doi.org/10.18861/cied.2023.14.1.3294Palavras-chave:
preconceito, adolescência, judeus, antissemitismo, judeofobia, implícito, valores, moral, ensino médio, educação secundáriaResumo
Os estereótipos de grupo são representações sociais na forma de ideias ou crenças, e os ódios de grupo podem ser sustentados neles. Um desses ódios é o antissemitismo ou judeofobia que, embora sua presença seja verificável, é pouco abordada. O motivo dessa exiguidade pode estar relacionado à complexidade do fenômeno. Em geral, em todos os estereótipos acontece que, na medida em que são cognitivos, constituem um campo fértil para a educação. Para detectar estereótipos grupais, a adolescência é uma idade adequada, pois o julgamento moral já está formado, e tratá-los poderia contribuir para a Educação de Valores nesta fase evolutiva. Um questionário de autorrelato foi aplicado a 321 estudantes entre 16 e 18 anos, em quatro cidades de três países da América do Sul. Além disso, foram realizadas entrevistas com especialistas. Os alunos consultados não tinham contato direto com judeus no momento do estudo. O objetivo da gestão do questionário, com base nas premissas do Teste de Associação Implícita, foi obter palavras associadas à voz “judeu”. Os resultados indicam que quase metade dos termos associados teve uma conotação negativa, ligada à noção de dominância. A inclusão no currículo escolar de algumas explicações sobre esse fenômeno pode ajudar a mitigá-lo.
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