CONVOCATÓRIA | CHAMADA DE TRABALHOS

InMediaciones de la Comunicación
Volume 18 / N° 2 (julho-dezembro de 2023)

Informamos que está aberta a chamada para publicar artigos e/ou resenhas no Volume 18 / Nº 2 (julho-dezembro de 2023) de InMediaciones de la Comunicación, revista acadêmica publicada desde 1998 pela Universidad ORT Uruguay.

O objetivo está centrado na publicação de artigos e/ou resenhas originais e inéditos e na divulgação de entrevistas, ensaios e relatórios de pesquisas que ocorrem no campo da comunicação e disciplinas afins, com atenção especial aos processos de midiatização social e o estudo dos fenômenos midiáticos contemporâneos. O conteúdo é destinado a pesquisadores, professores, estudantes universitários de graduação e pós-graduação e pessoas com interesse em todas as áreas da comunicação. Antes da publicação, os manuscritos são revisados, em primeira instância, pelos Editores Associados e pelo Comitê Acadêmico, formado por especialistas de diversos países, o Editor Convidado de cada número, e depois são avaliados pelo sistema duplo-cego com a intervenção de árbitros externos.

A revista segue uma política de acesso aberto, recebe contribuições redigidas em espanhol, inglês e português e o autor não paga nenhum custo pelo processamento ou publicação dos manuscritos. InMediaciones de la Comunicación é publicada em papel e formato digital com o objetivo de promover a publicação aberta de manuscritos que são resultado do trabalho realizado por pesquisadores e impulsionar a abordagem dos mais diversos temas e problemas que atravessam o campo da comunicação. Ao longo dos anos, tem tido a contribuição de pesquisadores e referências acadêmicas de reconhecida trajetória, que dão suas opiniões sobre os debates suscitados pela permanente renovação dos fenômenos da comunicação na América Hispânica e no mundo.

Temática do Volume 18 / N° 2 (julho-dezembro de 2023)

  COMUNICAÇÃO E IMAGINÁRIOS TRANS
Narrativas e interações no ecossistema digital

Fundamentos da convocatória

“O trans” aparece como um sinal epocal. Transgênero, transumanismo, transmídia são algumas das palavras de uma longa lista na tentativa de dar nome à vivência em uma sociedade de profundas e inéditas mudanças sociais. O trans seria o nome de algumas das mudanças que encontram na comunicação, nas narrativas e nos modos de conexão, expressão e discussão, um espaço que faz surgir novos desafios. A imaginação foi abalada pela força de uma crise que acreditamos ser inédita, dando origem aos mais diversos imaginários sociais e narrativas que exploram novas formas de expressão que servem para refletir e projetar os medos e esperanças da sociedade do momento atual. O prefixo trans parece condensar as ideias e sensações de um diagnóstico dos tempos cujas inquietações, incertezas, anseios e desejos anunciam um movimento de profunda transformação. Uma sociedade onde as crises globais estão provocando uma nova consciência sobre a posição e convivência dos seres humanos no tempo e no espaço.

São muitas as transformações: por um lado, a transformação da temporalidade histórica e biográfica rompeu definitivamente os vínculos causais do presente com o horizonte futuro. Uma historicidade que mergulha na sensação de habitar um presente contínuo, incerto e ambivalente. Por outro lado, a transformação da espacialidade está levando a uma consciência diferente de habitar os territórios. As indústrias de cuidados, tão desenvolvidas neste século, são um sintoma e tanto. As cidades mostram e exigem transformações de uso, de convivência, de comunicação; sobretudo diante de um planeta cuja profunda mudança climática é evidente e se torna cada dia mais palpável aos sentidos e à convivência. Sem dúvida, a transformação da identidade tradicional pelas vozes e lutas de novas possibilidades de gênero e sexualidade são os motores revolucionários mais evidentes nesta etapa. Novas formas de estar e ser, novas subjetividades e sujeitos emergem e reivindicam seu espaço e reconhecimento. Da mesma forma, a transformação da convivência torna visíveis e extremas desigualdades de classe, etnia, raça e gênero, mas também vem desenvolvendo, nos últimos tempos, novas formas de relacionamento que estão mudando a ordem estabelecida e gerando novas comunidades.

Essas transformações têm como palco e ator central um sistema de mídia de comunicação em que as mídias de formato tradicional interagem com o universo aberto pela Internet e pelas plataformas. As tecnologias digitais mudaram radicalmente a comunicação social. Uma mudança que provavelmente está no nível da transformação social e cultural causada pela escrita, há milênios.

Em meio a essa situação, convidamos você a enviar artigos que sejam resultado de pesquisas que abordem, na e a partir da comunicação, as profundas inquietações da sociedade atual: novas e velhas narrativas e imagens; o papel das conexões e interações nas telas; redes sociais digitais e comunicação humana; a necessidade de uma teoria crítica do novo sistema midiático; abordagens transumanistas, transmodernas, transgêneros, transexuais e transmídia; as exclusões ligadas aos problemas dos pares colonialidade/indígena e raça/etnicidade; Gênero sexual; geopolítica global em um mundo em mudança.

 Eixos para apresentação de artigos

- Definições e conceituações de comunicação no novo sistema de mídia digital (tecnologias, economia, comunicação e informação).

- Análise de narrativas de conteúdo e abordagens excluídas ou relevantes de comunicação em relação a um mundo em crise e em transformação.

- Análise social, histórica e geopolítica a partir de perspectivas comunicacionais e decoloniais de plataformas e redes.

- Análise de ou a partir dos imaginários sociais que possibilitam ou derivam diferentes significados das transformações culturais.

- Estudos do tratamento comunicacional e jurídico das iniciativas públicas e tramitação das leis LGTTBI+.

- Estudos que relacionam comunicação com lutas sociais, gênero, sexo, etnias, raças, indigenismo.

- Análise das estruturas de participação, conteúdo e comunicação em redes digitais.

                                       

EDITORES CONVIDADOS: Dra. María Angulo Egea - Dr. Daniel H. Cabrera

Maria Ângulo Egea. Doutora em Jornalismo pela Universidad de Málaga (Espanha) e Doutora em Filosofia e Letras (Filologia) pela Universidad Autónoma de Madrid (Espanha). Professora de Jornalismo na Universidad de Zaragoza (Espanha). Tem trabalhado em várias universidades espanholas e americanas. Os seus interesses centram-se sobretudo nas novas narrativas: jornalismo narrativo e jornalismo de investigação. Tem publicado vários livros em colaboração, entre eles: Periodismo literário –junto com Jorge Rodríguez– (2010, Fragua) e Artículo femenino singular –junto com Teodoro León Gross– (2011, Edições APM), tem coordenado Crónica y mirada (2014, Libros del K.O.) e é a autora de Inmersiones. Crónica de viajes y periodismo encubierto (2017, Univesitat de Barcelona Edicions). Atualmente pesquisa e publica artigos sobre “narrativas da crise” e análise de discursos feministas no campo do jornalismo narrativo. Nesta linha de investigação, tem coordenado o Nº 18 da revista Información y Comunicación (2021, Universidad de Sevilla, Espanha) dedicada ao tema: Imagens, imaginários e novas narrativas em contextos de crise. E junto com Daniel Cabrera Altieri, publicou a obra: “Lo imaginario de las narrativas algorítmicas” (2021, Perspectivas de la Comunicación). Tem trabalhou nas histórias e intervenções de escritores e jornalistas na mídia e nas redes. Destaca-se seu capítulo, juntamente com Maite Gobantes Bilbao, intitulado: “De generación a genealogía: crítica feminista a la producción literaria contemporánea” (2022, Interrupciones. Narrativas, tecnologías y crítica al fascismo –livro compilado por Cabrera Altieri, Sierra Caballero & Silva Echeto, e publicado pela Comunicación Social–). Ela também escreveu o prólogo “Trabajos y cuidados. La configuración del espacio público desde el periodismo feminista” para o volume de June Fernández intitulado Abrir el melón (2020, Libros del K.O.). Em 2023, será publicada uma antologia de cronistas hispano-americanas atuais que vem trabalhando com a professora Marcela Aguilar Guzmán. É diretora da revista de jornalismo cultural e narrativo Zero Grados (zgrados.com) da Universidad de Zaragoza (Espanha).

Daniel H. Cabrera Altieri. Doutor em Comunicação. Professor Titular de Jornalismo, Universidad de Zaragoza (Espanha). Atualmente em estágio de pesquisa no Instituto de Filosofia do CSIC, Madrid (Espanha), financiado pela União Europeia-NextGenerationEU. Foi professor concursado de Teorias Sociológicas Contemporâneas na Universidad Nacional de Córdoba (Argentina) e Pesquisador Titular do Instituto de Filosofia da Universidad Veracruzana (México). Foi Coordenador da Licenciatura em Jornalismo da Universidad de Zaragoza e Coordenador do Doutorado em Comunicação da Universidad Nacional de Córdoba. Foi professor convidado em várias universidades da Colômbia, México, Chile, Espanha, Argentina, Cabo Verde. Entre suas publicações recentes podemos citar os artigos “El imaginario textil: una interpretación alternativa en los estudios de la comunicación” (2022, History of Media Studies 2) e “El algoritmo como imaginario social” (2020, Revista Zer), além do livro Tecnología como ensoñación. Ensayos sobre el imaginario tecnocomunicacional (2022, Ediciones Universidad de la Frontera). Ele coordenouCosas confusas. Comprender las tecnologías y la comunicación (2019, Tirant Humanidades) e, junto com Sierra Caballero e Silva Echeto, o livro Interrupciones. Narrativas, tecnologías y critica al fascismo (2022, Comunicação Social).

 

DATA FINAL PARA APRESENTAÇÃO DE ARTIGOS: 10 de fevereiro de 2023

DATA DA PUBLICAÇÃO DO VOLUME: 1 de julho de 2023

 

Características que os artigos postulados devem apresentar:

https://revistas.ort.edu.uy/inmediaciones-de-la-comunicacion/about/submissions#authorGuidelines

E-mails de contato:

cossia@ort.edu.uy / inmediaciones@ort.edu.uy / lcossia@yahoo.com.ar /

  

Comitê Acadêmico
InMediaciones de la Comunicación
Universidad ORT Uruguay