Cidade e visualidade: um olhar semiótico sobre o texto palco

Autores

  • Susana Gastal Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul-RS, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.18861/ic.2017.12.1.2677

Palavras-chave:

Cidade, urbano, cidade global, visualidade, belo.

Resumo

A presente reflexão retoma discussões anteriores da autora, propondo a semiótica, com ênfase na teoria do texto em Barthes, para análise e compreensão da cidade. Considera-se que a cidade acumula tempos e espaços em contextos complexos e, portanto, de leitura complicada. A discussão teórica priorizou clássicos como Mumford, Lefebvre, Le Goff, Jameson, Harvey, Castells e Sassen, por serem os autores que organizaram a discussão sobre a cidade nos anos 1990 e que continuam a influenciar a pesquisa contemporânea, em muito reduzida a estudos de caso. Para fins de análise, propõe-se que o urbano tema alimentar sua construção de sentido, os textos monumento, praça e palco. Questiona-se se tais textos poderão ser aplicados para compreensão de complexos urbanos hoje apresentados como cidades globais, ou seja, aquelas que se marcam por processos em redes de fluxos de informação, ligando local e global. Este artigo destaca o texto palco. A reflexão avança considerando que, lugares considerados “bonito--belos” ao gosto contemporâneo, apresentam melhores condições para atrair fluxos econômicos, tecnológicos e expertise profissional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Susana Gastal, Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul-RS, Brasil

Doutora em Comunicação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Brasil, e Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Brasil. Professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hospitalidade, Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul-RS, Brasil. Bolsista CNPq Produtividade.

Referências

Barthes, R, (1987). A aventura semiológica. Lisboa: Edições 70.

Bolle, W. (1994). Fisiognomia da metrópole moderna. São Paulo: Edusp.

Calabrese, O. (1988). A idade neobarroca. Lisboa: Edições 70.

Castells, M. (1999). O poder da identidade. São Paulo: Paz e Terra.

Chang, T. C. (2000). Renaissance revisited: Singapore as a ‘global city for the arts’. International Journal of Urban and Regional Research, 24, (4), pp. 818-831.

Coaffee, J. (2016). Terrorism, risk and the global city: Towards urban resilience. London: Routledge.

Cuervo, L. M. (2003). Pensar el territorio: los conceptos de ciudad-global y región en sus orígenes y evolución. Documentos de la serie sobre gestión Pública, Nº 40, Santiago de Chile: CEPAL.

Dupont, V. D. (2011). The dream of Delhi as a global city. In International Journal of Urban and Regional Research, 35, (3), pp. 533-554.

Eco, U. (1999). Os limites da interpretação. São Paulo: Perspectiva.

Ferreira, J. S. W. (2004). Mito da cidade-global: o papel da ideologia na produção do espaço terciário em São Paulo. Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP, 16, pp. 26-48.

Gastal, S. & Osmainschi, R. (2017). Ciudades globales: Rankings y posibilidades para el turismo. En Estudios y Perspectivas en Turismo 26, (2), pp. 419-440.

Gastal, S. (2002). Alegorias urbanas: o passado como subterfúgio. Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Doutorado, Pontifícia Universidade Católica do RS. Porto Alegre.

Gastal, S. (2004). Imaginário Urbano: relendo o Texto Praça. Actas do III Sopcom, VI Lusocom e II Ibérico, 2, p. 208.

Gastal, S. (2005). Imaginário Urbano: relendo o texto praça. Turismo em Análise, 2, pp. 207-214.

Gastal, S. (2006a). Alegorias Urbanas: O passado como subterfúgio. Campinas-SP: Papirus.

Gastal, S. ( 2006b). Cidade na pós-modernidade: repensando a esfera pública. UNIrevista, 1, pp. 1-7.

Gastal, S. (2014). Lazer e a animação turística em cidades médias. Em Revista Brasileira de Estudos do Lazer, 1, (2), pp. 39-53.

Gastal, S. A. (2013). Imagem, paisagem e turismo: a construção do olhar romântico. Em Pasos (El Sauzal), 11, pp. 123-133.

Hannigan, J (1999). Fantasy City: Pleasure and profit in the postmodern metropolis. London: Routledge.

Harvey, D. (1992). A condição pós-moderna. São Paulo: Loyola.

Jameson, F. (1996). Pós-modernismo: a lógica cultural do capitalismo tardio. São Paulo: Ática.

Jameson, F. (2001). Cultura do dinheiro. Petrópolis: Vozes.

Jansson, J. & Power, D. (2010). Fashioning a global city: global city brand channels in the fashion and design industries. In Regional Studies, 44, (7), pp. 889-904. Online: http://dx.doi.org/10.1080/00343400903401584

Kirchof, E. R. (2017). A representação da Modernidade da poesia de Charles Baudelaire. A Cor das Letras, 8, (1), pp. 43-52.

Lefebvre, H. (1981). La production de l’espace. Paris: Anthropos.

Le Goff, J. (1992). O apogeu da cidade medieval. São Paulo: Martins Fontes.

Lefebvre, H. (1991). O direito à cidade. São Paulo: Moraes.

Moles, A. (1974). O cartaz. São Paulo: Perspectiva.

Mumford, L. (1998). A cidade na história. São Paulo: Martins Fontes.

O’Connor, K. (2010). Global city regions and the location of logistics activity. In Journal of Transport Geography, 18, (3), pp. 354-362.

O’Connor, K. (2010). Global city regions and the location of logistics activity. In Journal of Transport Geography, 18, (3), pp. 354-362.

Parnreiter, C. (2002). Ciudad de México: el camino hacia una ciudad global. EURE, 28, (85), pp. 89-119.

Sassen, S. (1991). The global city: New York, London, Tokyo. Princeton, N.J: Princeton University Press.

Sassen, S. (2009). La ciudad global: introducción a un concepto. En Gonzales, F. (et al.). Las múltiples caras de la globalización. Madrid: BBVA.

Sassen, S. (2010). Global inter‐city networks and commodity chains: any intersections? Global Networks, 10, (1), pp. 150-163.

Wanderley, L. E. W. (2006). São Paulo no contexto da globalização. Lua Nova, 69, pp. 173-203.

Publicado

2017-10-24

Como Citar

Gastal, S. (2017). Cidade e visualidade: um olhar semiótico sobre o texto palco. InMediaciones De La Comunicación, 12(1), 285–303. https://doi.org/10.18861/ic.2017.12.1.2677

Edição

Seção

Artigos