Cidade e visualidade: um olhar semiótico sobre o texto palco
DOI:
https://doi.org/10.18861/ic.2017.12.1.2677Palavras-chave:
Cidade, urbano, cidade global, visualidade, belo.Resumo
A presente reflexão retoma discussões anteriores da autora, propondo a semiótica, com ênfase na teoria do texto em Barthes, para análise e compreensão da cidade. Considera-se que a cidade acumula tempos e espaços em contextos complexos e, portanto, de leitura complicada. A discussão teórica priorizou clássicos como Mumford, Lefebvre, Le Goff, Jameson, Harvey, Castells e Sassen, por serem os autores que organizaram a discussão sobre a cidade nos anos 1990 e que continuam a influenciar a pesquisa contemporânea, em muito reduzida a estudos de caso. Para fins de análise, propõe-se que o urbano tema alimentar sua construção de sentido, os textos monumento, praça e palco. Questiona-se se tais textos poderão ser aplicados para compreensão de complexos urbanos hoje apresentados como cidades globais, ou seja, aquelas que se marcam por processos em redes de fluxos de informação, ligando local e global. Este artigo destaca o texto palco. A reflexão avança considerando que, lugares considerados “bonito--belos” ao gosto contemporâneo, apresentam melhores condições para atrair fluxos econômicos, tecnológicos e expertise profissional.Downloads
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